sábado, 22 de agosto de 2009

SANTA MARINHA DA COSTA






Pedro Dias e Maria Martins nasceram na freguesia de Costa, Guimarães, onde o orago é Santa Marinha.
A história de Santa Marinha da Costa funde-se com a história de Guimarães e sua fundadora, a condessa Mumadona. A primeira referência escrita sobre a Costa remonta ao ano de 995. Nessa altura, Mumadona doou ao Mosteiro de Guimarães a sua herdade de Lourosa, na encosta da Penha.

Foi com este nome, Lourosa, que o local começou a ser conhecido, e ainda há poucos anos dele se referia a tradição. Dizia a memória que fora D. Mafalda, esposa de D. Afonso Henriques, a fundar o mosteiro de Santa Marinha por volta de 1154, e o entregara aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho No entanto durante as obras de restauro e adaptação do Mosteiro a Pousada, fizeram-se várias escavações arqueológicas com resultados surpreendentes, tendo os arqueólogos descoberto indícios da existência de templos anteriores: pré românicos e inclusivamente do período romano.

A freguesia de Santa Marinha da Costa vai crescendo à boa maneira medieval, à sombra e ao conchego do Mosteiro. Pelas Inquirições de 1258 somos a saber que na freguesia de Santa Marinha da Costa existiam trinta e três fogos e cento e sessenta habitantes. Por esta altura o Mosteiro é padroado do rei e dominava sobre S. Jorge do Selho. Em 1526, o Papa Clemente VII, a pedido de D. João III, autoriza a transferência do mosteiro da Costa para os Padres de S. Jerónimo. Em 1537, este mesmo monarca, determina a deslocação do Colégio da Penha Longa para a Costa, mantendo com prior Frei Diogo de Murça.
Frei Diogo de Murça consegue que neste colégio sejam concedidos graus de Bacharel, Licenciado e Doutor (“…e sejam considerados como graduados em Universidades de Estudo Geral…”), sendo os estudos do Colégio da Costa equiparados aos estudos universitários. Aqui estudam os filhos da nobreza portuguesa destacando-se os infantes D. Duarte e D. António, futuro Prior do Crato e pretendente ao trono de Portugal. Em 1553 o Colégio da Costa é anexado à Universidade de Coimbra. Sem a ajuda do rei os estudos no Mosteiro de Santa Marinha vão gradualmente perdendo importância.

Paulatinamente a freguesia da Costa cresce e desenvolve-se ao redor de dois centros, o Mosteiro e S. Roque, onde é edificada nos inícios do século XVI uma capela devotada a S. Roque, padroeiro da Peste. De freguesia eminentemente rural, com as suas grandes quintas, a Costa vai-se transformando a partir do último quartel do século passado, numa comunidade semi urbana, com grande crescimento para a zona da antiga Quinta de Margaride e terrenos adjacentes.
A encosta da montanha vai-se transformando com o verde da vegetação e arvoredo a dar lugar a um colorido disforme das moradias que aí se vão construindo.
Fonte: Junta da Freguesia da Costa (Internet)

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