domingo, 30 de agosto de 2009

São Torcato

















O orago da freguesia é o próprio São Torcato, cujas relíquias (o seu corpo conservado, segundo a expressão popular, incorrupto) são veneradas no santuário de São Torcato, situado nesta freguesia.

São Torcato foi um santo português, nascido em Guimarães, que viveu entre os séculos VII e VIII. Descendente de uma família nobre romana, Torquatus, desde a juventude foi muito virtuoso. A firmeza, eloquência e sabedoria da sua doutrina levaram realização do XVI Concílio de Toledo em 693, após o qual foi aclamado arcebispo de Braga e pouco tempo depois do Porto e de Dume.
É venerado como o Padroeiro da dor de cabeça e, por isso, os devotos põe o chapéu do Santo na na cabeça.Quando em 711 os árabes muçulmanos entram a sul da península ibérica, Muça, que era o general enviado de Tarik para conquistar toda esta região e espalhar o culto a Alá e Maomé, encontrou a resistência do arcebispo que estava disposto a lutar e a defender as ovelhas do seu rebanho. Houve um encontro entre o islamismo (Muça), com um inúmero exército, e o cristianismo (Torcato), com 276 comapanheiros na fé, em Guimarães.
O arcebispo fez um discurso, após o qual Muça desembainha a espada e desfere um golpe fatal sobre Torcato fazendo o mesmo aos companheiros. Segundo a lenda tudo aconteceu a 26 de fevereiro de 719 ou de 715. De acordo com a tradição, seu corpo foi encontrado incorrupto num bosque, no meio das silvas e de um monte de pedras (exumação) brotou uma fonte caudalosa que ainda hoje se conserva, conhecida como Fonte de São Torcato. De acordo com Armindo Cachada (JN, 16/05/03), assim relatou uma devota sobre a descoberta do corpo do santo “Não sabiam que era ele… Só quando um homem deu uma sacolada na cara do santo – ainda tem a marca – é que se ouviu uma voz: “Cuidado que está aqui Torcato». Retiraram o corpo, mas não havia água para o lavar. Brotou, então, milagrosamente, uma fonte, que ainda hoje jorra abundantemente.”

No local foi erigida uma capelinha em honra do santo, que se encontra hoje sepultado em câmara de vidro, no Santuário de São Torcato. De acordo com outra versão, um cego “viu” cair uma estrela precisamente no local onde se encontra a capela da Fonte do Santo, então o povo começou a cortar as silvas que cobriam o local, tendo descoberto o corpo daquele que viria a ser S. Torcato. Tendo-se decidido remover dali o corpo, tomaram uma junta de bois para fazê-lo, só que eles, chegando a um determinado local, não andaram mais. Tal fato deu origem à construção de uma igreja naquele local para que o corpo lá pudesse permanecer.

Campo da Ataca




Em 24 de junho, quando Portugal em peso faz fogueiras a São João, praticamente só em Guimarães é celebrado o fato que, desde os Anais de D. Afonso, Rei dos Portugueses, é considerado o primeiro episódio da história portuguesa: a Batalha de São Mamede, em local onde se ergue a Vila de São Torcato, onde existe, alíás, um monumento comemorativo: o Campo da Ataca.
Segundo a tradição oral foi nesse lugar que, em 24 de junho de 1128, teve início a Batalha de São Mamede, na qual D. Afonso conquistou a chefia do Condato Portucalense e iniciou o processo político da independência de Portual, ao afastar a tentativa de hegemonia galega

O nome do arranjo artístico-monumental que existe no local, inaugurado em 1996, celebrando o importante acontecimento, é uma referência guerreira bem sugestiva.

Batalha de São Mamede


“Na era de 1166 [ano de 1128], no mês de Junho, na festa de S. João Batista, o ínclito Infante D. Afonso, filho do conde Henrique e da rainha D. Teresa, neto do grande imperador da Hispânia, D. Afonso, com o auxílio do Senhor e por clemência divina, e também graças ao seu esforço e persistência, mais do que à vontade e ajuda dos parentes, apoderou-se com mão forte do reino de Portugal. Com efeito, tendo morrido seu pai, o conde D. Henrique, quando ele era ainda criança de dois ou três anos, certos [indivíduos] indignos e estrangeiros pretendiam [tomar conta] do reino de Portugal; sua mãe, a rainha D. Teresa, favorecia-os, porque queria, também, por soberba, reinar em vez de seu marido, e afastar o filho do governo do reino. Não querendo de modo algum, suportar uma ofensa tão vergonhosa, pois era já então de maior idade e de bom carácter, tendo reunido os seus amigos e os mais nobres de Portugal, que preferiam, de longe, ser governados por ele, do que por sua mãe ou por [pessoas] indignas e estrangeiras. Acometeu-os numa batalha no campo de S. Mamede, que é perto do castelo de Guimarães e, tendo-os vencido e esmagado, fugiram diante deles e prendeu-os. [Foi então que] se apoderou do principado e da monarquia do reino de Portugal.” (in "Dom Afonso Henriques", José Mattoso, Círculo de Leitores, 2006, página 45))

sábado, 29 de agosto de 2009

Mosteiro de São Torcato


História: Esta igreja é uma construção do século VII e como tal é visigótica. Com o correr dos tempos sofreu algumas transformações tendo sido a mais importante efetuada no século XII. Após ser descoberto, no local hoje intitulado Fonte do Santo, São Torcato foi transferido para o local onde permaneceu muitos anos. Hoje em dia encontra-se no Mosteiro.
Do lado Norte da abside encontra-se uma pequena capela românica (monumento nacional), do século XII, onde descansaram os restos mortais do Santo.Na igreja restam vestígios da fundação visigótica e da fase românica, aspectos que obras recentes, realizadas no templo, permitiram deixar mais a descoberto, e testemunham as suas memórias que se perderam.

A Capela de São Torcato é uma das capelas que compõem o Santuário de São Torcato,situado no vale central da freguesia de São Torcato, desenvolvendo-se à sua volta toda a povoação.
O templo de estilo híbrido, com elementos clássicos, góticos, renascentistas e românticos, encontra-se todo construído em cantaria de pedra de granito da região, sendo uma obra-prima do neomanuelino, cuja construção se iniciou em 1871 e estende-se até aos dias de hoje. O gosto ecléctico, surge dentro do contexto da época, com predomínio de elementos decorativos neo-românicos. Possui dimensões consideráveis.
A fachada é constituída por duas torres e um corpo central. Em planta, o templo tem a forma típica da cruz latina. No interior da Igreja encontra-se o corpo incorrupto de São Torcato.
No exterior do Santuário, encontra-se um adro o qual possui ao fundo, de frente para o Santuário, um parque enfeitado com frondosas tileiras e plátanos. Para aceder a este parque (denominado popularmente por Parque do Mosteiro), utiliza-se uma enorme escadaria, a qual dá ligação ao templo. No parque podemos também encontrar dois coretos, bem como duas grandes fontes de água.

A nascente encontra-se anexa à capela.
As qualidades atribuídas às águas da fonte são sobretudo as de ser “leve e digestiva”,“mas a fé conta muito, se uma pessoa tem fé pode curar outros males”.




Grupo folclórico de São Torcato


S. Torcato é uma freguesia do concelho de Guimarães, com inúmeras tradições, nomeadamente na cultura do linho, tecido que, desde sempre, foi muito apreciado por todo o país, fazendo parte integrante dos “Linhos de Guimarães”. Independentemente desta riqueza agrícola havia, e ainda há, outras, que constituem grande fonte de tradições no meio rural. A sua condição geográfica é propícia à alegria e boa disposição, dada a variedade de vegetação que compõem o “Vale de S. Torcato”, cenário natural de grandes tradições. À semelhança de outros exemplos, surge um grupo de pessoas dispostas a formar um grupo folclórico, para, nos seus tempos livres, darem a conhecer a cultura popular do povo de S. Torcato, respeitando integralmente os mais elementares princípios do folclore. Assim sendo, investigaram e recolheram, junto de pessoas conhecedoras do assunto e idosas, o modo de cantar e dançar, bem como o de trajar dos seus antepassados.
Depois de alguns entraves iniciais à fundação do grupo, actuam pela primeira vez em público em princípios de 1958. A partir de então não parou a sua actividade, desenvolvendo uma série de trabalhos e deslocações aos mais reputados festivais folclóricos nacionais e no estrangeiro e, em 1960, dá início à organização dos Festivais Folclóricos de S. Torcato. Neste vasto historial ganhou inúmeros troféus em festivais e concursos, que se encontram expostos na sede do grupo. Em 1973, depois de sofrer uma crise directiva, o grupo reestrutura-se novamente, formando uma nova direcção que dá novo alento aos elementos do grupo. Com força suficiente para continuar a sua actividade por muitos mais anos, procedem ao restauro dos trajes, à aquisição de diverso património cultural e etnográfico, à revisão das coreografias e, ao mesmo tempo, à reciclagem das suas actividades. Deste modo, alarga a sua fama e reputação, viajando por diversos países e em Portugal, levando aos quatro cantos do mundo a sua bela região do Baixo Minho. Como forma de agradecimento pelo bem feito pela terra, o Grupo Folclórico de S. Torcato é distinguido pela Câmara Municipal de Guimarães com a medalha de prata de mérito associativo. É o primeiro grupo folclórico do concelho a receber tal distinção. O Grupo Folclórico de S. Torcato é considerado um dos maiores embaixadores da cultura popular de todo o distrito de Braga e o mais representativo do concelho de Guimarães. Procurou, ao longo destes anos, trabalhar no sentido de enriquecer cada vez mais o património cultural, respeitando os princípios da etnografia e coreografia, usos e costumes do povo da terra de S. Torcato. Nos seus espectáculos transmite a alegria e a riqueza da sua lendária terra. O espírito de iniciativa e capacidade empreendedora são as suas mais profundas características, sendo estas que motivam o Grupo Folclórico de S. Torcato a continuar a sua actividade

sábado, 22 de agosto de 2009

FREGUESIA DE COSTA

BANDEIRA, BRASÃO E MAPA DA FREGUESIA DE COSTA




Costa é uma freguesia portuguesa do concelho de Guimarães, com 4,92 km² de área e 3 450 habitantes (2001). Densidade: 701,2 hab/km².

SANTA MARINHA DA COSTA






Pedro Dias e Maria Martins nasceram na freguesia de Costa, Guimarães, onde o orago é Santa Marinha.
A história de Santa Marinha da Costa funde-se com a história de Guimarães e sua fundadora, a condessa Mumadona. A primeira referência escrita sobre a Costa remonta ao ano de 995. Nessa altura, Mumadona doou ao Mosteiro de Guimarães a sua herdade de Lourosa, na encosta da Penha.

Foi com este nome, Lourosa, que o local começou a ser conhecido, e ainda há poucos anos dele se referia a tradição. Dizia a memória que fora D. Mafalda, esposa de D. Afonso Henriques, a fundar o mosteiro de Santa Marinha por volta de 1154, e o entregara aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho No entanto durante as obras de restauro e adaptação do Mosteiro a Pousada, fizeram-se várias escavações arqueológicas com resultados surpreendentes, tendo os arqueólogos descoberto indícios da existência de templos anteriores: pré românicos e inclusivamente do período romano.

A freguesia de Santa Marinha da Costa vai crescendo à boa maneira medieval, à sombra e ao conchego do Mosteiro. Pelas Inquirições de 1258 somos a saber que na freguesia de Santa Marinha da Costa existiam trinta e três fogos e cento e sessenta habitantes. Por esta altura o Mosteiro é padroado do rei e dominava sobre S. Jorge do Selho. Em 1526, o Papa Clemente VII, a pedido de D. João III, autoriza a transferência do mosteiro da Costa para os Padres de S. Jerónimo. Em 1537, este mesmo monarca, determina a deslocação do Colégio da Penha Longa para a Costa, mantendo com prior Frei Diogo de Murça.
Frei Diogo de Murça consegue que neste colégio sejam concedidos graus de Bacharel, Licenciado e Doutor (“…e sejam considerados como graduados em Universidades de Estudo Geral…”), sendo os estudos do Colégio da Costa equiparados aos estudos universitários. Aqui estudam os filhos da nobreza portuguesa destacando-se os infantes D. Duarte e D. António, futuro Prior do Crato e pretendente ao trono de Portugal. Em 1553 o Colégio da Costa é anexado à Universidade de Coimbra. Sem a ajuda do rei os estudos no Mosteiro de Santa Marinha vão gradualmente perdendo importância.

Paulatinamente a freguesia da Costa cresce e desenvolve-se ao redor de dois centros, o Mosteiro e S. Roque, onde é edificada nos inícios do século XVI uma capela devotada a S. Roque, padroeiro da Peste. De freguesia eminentemente rural, com as suas grandes quintas, a Costa vai-se transformando a partir do último quartel do século passado, numa comunidade semi urbana, com grande crescimento para a zona da antiga Quinta de Margaride e terrenos adjacentes.
A encosta da montanha vai-se transformando com o verde da vegetação e arvoredo a dar lugar a um colorido disforme das moradias que aí se vão construindo.
Fonte: Junta da Freguesia da Costa (Internet)

ANTEPASSADOS DE JERÔNIMO DA COSTA GUIMARÃES

ANTEPASSADOS DE JERÔNIMO DA COSTA GUIMARÃES

PAIS

João Lourenço do Souto, nascido por volta de 1660, em Souto, Guimarães, Portugal e falecido em São Torcato, Guimarães, filho João Lourenço e Maria Francisca...
...casado em 10/10/1681, em São Torcato, com...
Hierônima Martins Costa, nascida por volta de 1660, em Costas, Guimarães, filha de Pedro Dias e Maria Martins.


AVÓS

João Lourenço, n. por volta de 1630, em Souto, Guimarães, e falecido na mesma localidade...
...casado por volta de 1650 em Souto, com...
Maria Francisca, nascida por volta de 1630 em Souto, Guimarães, e falecida na mesma localidade.
NOTA: Não foram encontrados os antepassados do casal.

Pedro Dias, nascido por volta de 1630, em Costa, Guimarães e falecido em 27 de julho de 1696 em São Torcato...
...casado por volta de 1650 em Costas, Guimarães com...
Maria Martins, nascida por volta de 1635, em Costas, Guimarães, falecida em Portugal, filha de Martim Gaspar e Antônia Gonçalves.

NOTA: Não foram encontrados os antepassados de Pedro Dias.

BISAVÓS

Martim Gaspar, nascido por volta de 1595, em São Torcato, filho de Gaspar Gonçalves e Helena Gonçalves...
...casado por volta de 1620, na mesma localidade, com...
Antônia Gonçalves, nascida em 06 de março de 1602, em São Torcato e falecida em 05 de outubro de 1675 na mesma localidade, filha de Salvador Gonçalves e Perpétua Gonçalves Pires.

TRISAVÓS

Gaspar Gonçalves, nascido por volta de 1565, em São Torcato...
... casado por volta de 1590, em São Torquato com...Helena Gonçalves, nascida por volta de 1565, em São Torcato.

NOTA: Não foram encontrados os antepassados do casal.
Salvador Gonçalves, nascido por volta de 1575, em São Torcato....c. 12/11/1600, em São Torcato nota: casou-se duas vezes: 1º casamento em 12/11/1600, em São Torcato , Guimarães, Portugal, com Perpetua Gonçalves Pires; 2º casamento em 01/05/1613, em São Torcato Guimarães, Portugal, com Margarida Gaspar, filha de Gaspar Gonçalves e Ana Luís, ele filho de Domingos Gonçalves e Filipa Gonçalves Pires, casado em primeiras núpcias com...
Perpétua Gonçalves Pires, nascida em São Torcato e falecida na mesma localidade em 16/11/1612, filha de João Pires e Catarina Pires.

TETRAVÓS

Domingos Gonçalves, nascido por volta de 1545, em São Torcato...
...casado por voltas de 1570, em São Torcato, com... Filipa Gonçalves Pires, nascida por volta de 1545, em São Torcato.
NOTA: Não foram encontrados os antepassados do casal.

João Pires, nascido em Portugal, falecido por volta de 1609, em São Torcato......casado em Portugal com...Catarina Pires, nascida por volta de 1575, em São Torcato.
NOTA: Não foram encontrados os antepassados do casal.

Fonte: http://www.familysearch.org/.